Publicado por: Peter | 10 Outubro, 2008

O Magalhães e a internet

O programa e-escola e e-escolinha surgiram da necessidade de as operadoras de telemóvel pagarem ao Governo os milhões devidos pela atribuição das licenças de 3.ª geração móvel. Quem comprou portáteis do programa sabe que eles foram enviados pelo Ministério das Obras Públicas Transportes e Comunicações.

As operadoras comprometeram-se a fornecer portáteis e internet a preço mais baixo do que o de mercado. Em troca iam ganhando uma maior base de clientes.

O Magalhães surge neste contexto: as operadoras pagam o portátil mas querem clientes. Daí a necessidade imperiosa (dizia Margarida Moreira neste e-mail) de os pais seleccionarem uma operadora. O Governo tão perto de eleições não se atreveu a pedir aos pais que assinem um contrato com estas empresas em troca de miseráveis condições de acesso à internet, mas também não quis assumir esse ónus. Vai daí, teve uma ideia: vamos pôr as autarquias a pagar a internet dos miúdos. Claro que para as autarquias o negócio é ruinoso: 45 euros pelo modem mais cerca de 200 por ano pela ligação, vezes centenas de alunos dá milhões de euros por ano…


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