Publicado por: Peter | 18 Julho, 2009

Testamento político

Há várias ideias erradas no editorial de hoje do Público: por exemplo onde vê na ministra “um raro e surpreendente exemplo de convicção e coragem” eu vejo obstinação; quando conclui que “uma avaliação a sério, com critérios, com quotas para os mais profissionais ou mais talentosos, metodologias, etc seria sempre rejeitada pelas alas mais conservadoras ou retrógradas da docência” eu concluo que uma avaliação bem conseguida tecnicamente, formativa, é sempre inquestionável.

O pior do editorial está na conclusão: primeiro a progressão dos professores nunca foi automática (podem apontar-se muitos exemplos disso), depois é necessária uma carreira que preveja progressão para todos, numa espécia de corridas com barreiras: se se ultrapassarem os obstáculos, há-de poder progredir-se. É a única maneira que conheço de manter os profissionais motivados e com ânsia de fazer melhor. Pode demorar-se mais ou menos a chegar ao topo, mas é importante que todos possam chegar!

Um sistema redutor ou por quotas causa desânimo imediato em muitos que trabalham honestamente mas sabem não poder alcandorar-se aos excelentes.

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